O Presidente da CEVAL (Confederação Empresarial do Alto Minho), Luís Ceia, e o Presidente do CEDRAC (Conselho Empresarial do Ave e Cávado), João Albuquerque, em representação da recém-constituída Confederação Empresarial da Região do Minho (CONFMINHO) , que representa mais de 119.000 empresas e reúne 12 associações empresariais do Norte de Portugal, reuniram-se no passado dia 30 de junho com o Presidente da CEP, Jorge Cebreiros, para analisar a situação atual da Eurorregião e concertarem ações conjuntas que promovam a sua reindustrialização, melhorando a competitividade e económica e desenvolvimento social.
No encontro, ambas as partes manifestaram satisfação pelo compromisso do Governo de Portugal em promover a mobilidade com o resto da Europa, tanto de bens como de pessoas, através da Galiza, bem como a necessidade de continuar a trabalhar para criar a ligação ferroviária (Coruña-Vigo-Porto) de alta velocidade com ligação ao resto da Península, promovendo a criação de um Corredor Atlântico de Mercadorias.
Ambas as entidades vão identificar as necessidades de infraestruturas, digitalização e ações de modernização do tecido produtivo, que deverão ser reunidas num documento único de propostas a enviar à Junta da Galiza e aos Governos de Espanha e Portugal, com contributos de especialistas que irão previamente analisar a sua viabilidade técnica e económica, de forma a permitir, com relativa facilidade, a sua transposição para um Plano de Desenvolvimento.
Coincidem, entre outras questões, na necessidade de os governos tirarem partido dos fundos europeus, tanto os do novo quadro estrutural como os da Next Generation, através de investimentos e iniciativas estruturantes para a Euroregião; partilham ainda da preocupação com o aumento do custo e a escassez de certas matérias-primas, problema comum em ambos os lados da fronteira; bem como o aumento exorbitante das fontes de energia, tendo em vista que representam um claro entrave à desejada recuperação e crescimento da economia; Mostram-se convictos que o aumento do tráfego portuário em Sines obriga à necessidade de se pensar um plano estratégico de desenvolvimento e sustentabilidade para o Porto de Vigo que permita uma maior intermodalidade, visto que o futuro depende da coordenação e da complementaridade.
Coincidem na conclusão de que é fundamental que as administrações públicas assumam que qualquer projeto logístico na Galiza ou Norte de Portugal deve ser proposto e executado considerando ambos os espaços como um único território.
Por último, acordaram em promover o Centro de Cooperação Transfronteiriça (CECOTRAN) e a apresentação de projetos conjuntos aos fundos europeus para a promoção dos diferentes sectores através da cooperação.
Vigo, 30 de junho de 2021